Programação

  • foto: Takinori Kawahara
    De 26 a 28 de abril

    26/4, das 15h às 18h30
    27/4, das 15h às 18h30
    28/4, das 10h às 13h30

    Investimento: R$ 400

    Nova edição da imersão “Vestígios do Tempo” traz inspirações e vivências de Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama após mais uma imersão no Japão

    "É importante encontrar uma dança que te mova hoje, por menor que seja. Ela não vem depois de algum exercício especial. Começa com o que você sente agora. E é nesse instante, não amanhã”. Para o bailarino Hiroshi Nishiyama, torna-se cada vez mais importante aprofundar pequenas impressões, sentimentos e vivências, especialmente no butoh, modalidade de dança japonesa que, de forma pioneira, trabalha em parceria com Ana Medeiros no Rio Grande do Sul.

    A dupla, que já idealizou cinco espetáculos, além de diversas edições de aulas, oficinas e intervenções artísticas, acaba de voltar de mais uma imersão no Japão com seus corpos marcado por lugares, pelas estações e pelos encontros diários no Kazuo Ohno Dance Studio com Etsuko Ohno, esposa do saudoso Yoshito Ohno, ícone do butoh com quem Ana e Nishiyama estudaram e cujo trabalho norteia suas práticas . 

    Inspirados pela vontade de compartilhar as tantas experiências e aprendizados acumulados nessa nova imersão de butoh, dança onde o corpo é movido pela interioridade de cada pessoa, Ana e Nishiyama preparam uma nova edição da imersão “Vestígios do Tempo”, incorporando a essência e a sensibilidade de suas novas criações. 

    Durante três meses convivemos com a família Ohno. Talvez por osmose e por desejo, tenhamos absorvido um pouco da essência presente na família Ohno e nas pessoas que vivem o dia a dia pulsando a dança butoh em suas visões de mundo, de arte e de vida.  Kazuo Ohno já dizia: cuidem bem da vida, tando da sua quanto a dos outros — é isso que se transforma em dança. Retornamos ao Brasil novamente inundados por essa sensibilidade", conta Ana. 

    O conceito da imersão, que será realizada no MEME Estação Cultural, em Porto Alegre, entre os dias 26, 27 e 28 de abril, está centrado nas memórias evocadas na busca pelo sensível e pelo espaço e silêncio imersos em estados de presença. É uma dança viva em pequenas partículas que se agigantam, que se transformam e desaparecem, celebrando a importância de tocar a essência daquilo que foi e do que está por vir.

    Ao longo dos três dias de atividade, os encontros trarão Ana e Nishiyama unindo teoria e prática, com uma proposta pedagógica que envolve a condução de exercícios e vivências guiados por imagens poéticas, procedimento característico do butoh, sempre em diálogo com as sensações do corpo, além de conceitos envolvendo a transição de estados corpóreos, entre outros. Por fim, haverá um encontro aberto ao público, no qual serão apresentadas as performances elaboradas durante a oficina.


    foto: Takinori Kawahara

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